Censura surreal

Presumivelmente, ele só queria ficar longe dos holofotes e para tanto, recorreu à justiça, amparado pela constituição democrática vigente no país. Assim, todos os veículos do Grupo RBS foram proibidos de divulgar o nome e a imagem do vereador Adenir Webber, de Dom Pedro de Alcântara, que ganhou notoriedade através da reportagem que mostrou a “farra das diárias”.

Apesar de não ter solicitado o reembolso posteriormente, assinou presença como se tivesse participado do evento, o que efetivamente não ocorreu.  Pode não ser ilegal, mas é imoral. Assim como tantos outros atos envolvendo políticos.

O nome do vereador ganhou destaque internacional. Censura surreal.

Condoído talvez pelas mazelas do povo, resolveu também mirar o próprio pé. Com direito a holofotes e a citação do nome em crescimento exponencial.

Democracia é isso. A imprensa é livre para noticiar, até que a justiça entenda que a notícia fere a Lei. Assim, seja o mau uso do dinheiro público, seja o uso indevido da imagem, nesse caso impedido por ordem judicial, são passíveis de sofrer os rigores dessa mesma Lei.

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